Não é profissional do futsal, mas pouco falta. Pelo menos na disponibilidade para a modalidade. Tirando os domingos, a agenda de Ruizinho esteve particularmente sobrecarregada no final da época passada. Jogador do Amarense, da 2.ª Divisão nacional, resolveu aceitar o pedido de um amigo de longa data para se tornar, durante alguns meses, adjunto do Casal Velho, da Divisão de Honra de Leiria. Compatibilizar os horários foi a tarefa mais difícil deste desportista de duas faces. “Foi necessário adaptar os dias de treino no Casal Velho para não faltar aos meus treinos no Amarense. Mas o pior foi nos dias de jogo, sempre a correr de um lado para o outro”, admite Ruizinho, de 32 anos, uma das peças fulcrais da equipa do concelho da Batalha, que se tem afirmado no escalão secundário. Sendo um “jogador de referência” no contexto do distrito de Leiria, Ruizinho tornou-se uma inspiração “para os mais jovens” nas funções de adjunto do Casal Velho. “Quando assumi a equipa, senti que precisava da experiência do Ruizinho para terminar a temporada e atingir os objetivos do clube. Os jogadores ouvem os seus conselhos, porque sonham atingir o nível dele e o trabalho tornou-se mais motivador para todos”, explica Rogério Serrador, de 28 anos, que agradece ao amigo o apoio que lhe deu nos últimos meses da época passada e vai continuar a dar em 2010/2011. Seja como for, na época passada, a verdade é que a inspiração resultou ao Casal Velho. A equipa do concelho de Alcobaça, que se tornou célebre por financiar o futsal com a venda de pão com chouriço, salvou-se da descida de divisão e atingiu a final da Taça Distrito de Leiria, salvando uma temporada que chegou a ameaçar ser muito negativa.
Joaquim Paulo - Região de Cister
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